Ex-modelo diz que se tornou anoréxica devido a pressões do mundo da moda
Georgina Wilkin chegou a ficar internada com risco de paralisação do coração e dos rins
A britânica Georgina Wilkin, 23 anos, lutou contra a anorexia durante sete anos. Ela desenvolveu o transtorno alimentar devido às exigências de um corpo magro para conseguir ser modelo. Em 2007, Georgina ficou internada com risco de que seus rins e coração parassem por conta do baixo peso. Hoje, longe dos cliques e passarelas, a ex-modelo decidiu contar sua história para envergonhar o mundo da moda. “Todos deveriam saber sobre como os modelos são colocados sob pressão”, disse. Os dados são do jornal Daily Mail.
Um olheiro a descobriu quando tinha 15 anos. “Na primeira visita à agência, eles me trataram como a próxima Kate Moss, dizendo ‘você é tão única, estamos tão animados que você veio para nós’”, contou. No segundo encontro, porém, ela já começou a ter uma ideia da pressão. “Tiraram fotos para ver se eu era fotogênica e então mediram cada centímetro meu, até a ponta dos meus dedos.”
Georgina foi selecionada para trabalhar em Tóquio, no Japão, durante alguns meses. “A agente japonesa disse que eu poderia trabalhar para ela no Japão em dois meses, com a condição de que eu perdesse três polegadas (7 cm) de meus quadris e uma polegada (2,5 cm) da minha cintura”. Perder peso tornou-se a missão de Georgina, que só ingeria saladas e legumes e, muitas vezes, passava dois dias sem comer. Pulava o café da manhã, passava o horário do almoço na biblioteca da escola e dizia aos pais que tinha de jantar na casa de um amigo para não ter que fazer as refeições com eles.
A ex-modelo foi ao Japão em junho de 2006. Passava a maior parte do tempo dentro do apartamento e ingeria bebidas energéticas. Chegou a ser fotografada para um catálogo de gravidez usando uma barriga falsa. “Era uma menina desnutrida tendo que parecer como uma grávida de 30 anos. Mensagens como essas podem ser muito prejudiciais para uma adolescente ou mesmo a qualquer mulher”.
Georgina dizia aos pais por telefone que estava fazendo uma dieta japonesa saudável. No entanto, quando sua mãe e seu irmão foram visitá-la, perceberam a mentira. “Minha mãe, desde então, me disse que ficou chocada ao ver quão magra eu me tornei. Ela me pediu para comer com ela e meu irmão, mas eu sempre tinha uma desculpa porque eu não era capaz de comer”.
Georgina voltou para Londres, onde foi clicada para TopShop, GAP, Giles Deacon, entre outros. “Ninguém comeu nessas sessões, que poderiam durar o dia todo, e nós sobrevivíamos com bebidas com adrenalina e cafeína. Nas ocasiões em que eu não cabia em um vestido, eu me sentia tão humilhada", lembrou.
No verão de 2007, seus pais insistiram para que procurasse um médico. Foi diagnosticada com anorexia e passou cinco meses em tratamento. “Continuei recebendo convites, embora deva ter sido óbvio para todos na empresa que eu era anoréxica. Meus lábios e dedos eram azuis porque eu era tão magra que o meu coração estava lutando para bombear o sangue pelo meu corpo. No hospital, os médicos não faziam segredo do fato de que a minha vida estava em perigo. Meus órgãos vitais estavam sob tal tensão que havia o risco de o meu coração poderia parar e meus rins falharem.”
Logo após a alta hospitalar, em fevereiro de 2008, Georgina entrou para o casting de outra agência de modelos. Seus pais tentaram convencê-la a não fazer isso, mas ela estava convencida de que havia se recuperado e que não repetiria o erro. No entanto, os velhos hábitos reapareceram e ela deixou de comer mais uma vez.
Segundo a ex-modelo, com 18 anos, ela foi chamada pela Prada para desfilar na semana da moda de Milão. “Apenas dois dias antes do desfile, me disseram que eu não seria necessária. Ninguém explicou o porquê e eu me convenci de que era porque eu não era magra o suficiente”.
Então, Georgina ouviu os pedidos da mãe, voltou ao médico e não retornou mais às passarelas. No novo tratamento, além de aconselhamento, recebeu prescrição de antidepressivos e antiansiolíticos. Hoje, tem ambições de se tornar designer de interiores e está convencida de que sua anorexia está sob controle. A ex-modelo não revela o quanto chegou a pesar para que outras anoréxicas não a vejam como algo a se inspirar.
“Eu me sinto muito sortuda por ter sobrevivido, mas fico realmente irritada ao ver imagens de modelos que eu conheço que estão seriamente indispostas devido a transtornos alimentares. A maioria das marcas de alta moda já usaram meninas anoréxicas em suas campanhas e a única maneira de fazer com quem isso pare é parar de comprar seus produtos”, opinou.
VENÇA A ANOREXIA!!!
tchau,e tenha consciência.



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